terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Salomé - Oscar Wilde (1952)

WILDE, Oscar. Salomé. Teatro, drama, Suspense, Inspirações bíblicas. Editora José Olympio, Rio de Janeiro, 1952

Em sua obra Salomé, o autor Oscar Wilde retrata uma nova visão da personagem bíblica dona de uma beleza diabólica e maligna, capaz de conquistar o que deseja com suas danças sensuais e insinuantes.

A visão agnóstica do autor traz a tona uma história sagrada com um ar de luxúria e infâmias denunciadas por um profeta preso em um poço ao qual grita aos sete ventos profecias contra o rei da babilônia Herodes e injurias contra a rainha Herodias, mãe de Salomé.

Em uma das festas promovidas pelo rei, Salomé a protagonista de nossa história foge dos olhares dos convidados com o intuito de não rpovocar Herodes com seus olhos de desejo em suas danças, e ao passear pelo jardim repentinamente escuta o homem gritar suas profecias e com sua curiosidade assutadora resolve ficar diante dele. Depois de longas conversas com os soldados do reino, Salomé decide propor dançar para o rei Herodes com o intuíto de conseguir o que deseja. Herodes diante daquela beleza que blasfema contra a humanidade resolve aceitar e Salomé após a dança pede a cabeça do profeta com prémio. Com temor ao profeta Herodes oferece vários presentes a Salomé, desde fortunas incontáveis até animais sagrados de seu pasto, mas Salomé insite em querer a cabeça do profeta como pagamento por sua dança.

De fato a princesa Salomé possui tudo para conseguir o que deseja, mas dará o rei Herodes a cabeça do profeta para Salomé em troca de uma desejo para satisfazer seu ego insano? Até que ponto chegará ao limite da razão o rei? O que acontecerá ao rei se ele resolver entregar a cabeça do profeta nas mão daquela mulher demoníaca e profana?

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Morte e o Lenhador

A morte e o lenhador é uma fábula de Esopo e que foi recontada por La Fontaine.

Nessa fábula, um velho lenhador, cansado de sua tarefa de buscar lenha da mata, invoca duas vezes a Morte. Quando ela aparece, o lenhador se arrepende e diz tê-la chamado apenas para pedir ajuda para colocar a lenha sobre as costas:
Um pobre lenhador, vergado pelo peso dos anos e da lenha, que às costas trazia, caminhava gemendo, no calor do dia, sentindo por si próprio o mais cruel desprezo.
A dor, por fim, foi tanta que ele até parou e, pondo ao chão seu fardo, pôs-se a refletir:
Que alegrias tivera em seu pobre existir? Depois de tanta vida, algum prazer lhe restou?
Faltara, às vezes, pão; descanso, nunca houvera;
Os filhos, a mulher e o cobrador, à espera;
O imposto e a cara feia do soldado...
Ele era um infeliz, completo e acabado!
Pensando nessa falta de alegria e sorte, chamou em seu auxílio a Morte.
- "Vosmecê me chamou, e eu vim. Agora venha."
- "Só te chamei pra me ajudar com a lenha..."

Moral - A morte tudo conserta, mas pressa não deve haver, pois a sentença é bem certa: antes sofrer que morrer.