quinta-feira, 23 de julho de 2009

Talvez ( A Carta)


Hoje acordei meio entediada, come se não estivesse me encaixando em minha própria vida.

Talvez chorando me sentiria melhor ou talvez não.
Passamos alguns tempos juntos, e o bastante para nos unir e dispersar-nos de nossos mundos completamente.
Sinto uma dor inconsolável, coisa que não sentia a anos atraz, a dor do vazio, da solidão, dor da loucura e da prórpia imcompreensão.

Talvez não entenda nada do quero que entendas, e pode ser melhor assim.
" O que somos um para o outro?"
Talvez eu mesma não saiba o que sou para mim , nem o que devo fazer.
Gostaria muito de poder deixá-lo, assim como sempre fiz aos que me entreguei demais, mãso não consigo e talvez esse vazio venha de estar com você.

A cada momento longe ou de um simbólico abandono, eu vou desaparecendo, e sendo carregada para a dor.
Nada me completa e não consigo conversar com alguém que me dê uma boa solução.
Talvez seu destino seja ser só, e o meu infeliz, com a dor, a mesma dor da cólera que os tantos que admirei sentiam.

Talvez eu esteja sendo usada para preencher seu vazio, e essa opção egoísta me machuca profundamente.
Tudo me lembra você, e não sou a mesma menina decidida de antes.
As cordas, os cadarços, os cintos e os fios passaram pelo meu pescoço incontáveis vezes, mas não tão intensamente nem merecidamente como agora., e talvez a dor e o ardor das narinas sem ar aliviem a solidão e o barulho oco quando meu corpo cai sem nemhum consolo no chão, desejando que minha morte venha logo e o extase das luzes se apagando, me deixem em tranze, até que eu volte de uma morte súbita e chore por saber que não mereço a vida, mas Deus está me dando uma nova chance.

Nada que eu faça...Od beijos trocados, os carinhos, as palavras doces ou salientadas, que sejam com quem eu não desejo, me fazem bem... elas me distorcem ao fundo da alma e me levam a angústia, a mesma ao qual você me submete quando se mostra tão longe e vazio ou deseja que eu seja controlada com seus dedos, que assim tocam o corpo de uma outra mulher.

E neste momento eu cuspo o sangue de um soco dado pelo simples fato de contrariar, onde me entendo mais e te entendo menos, onde minhas lágrimas no banheiro agarradas justamente a um fio, são incontáveis e que me levam a loucura, repetindo seu nome e perguntando incesantemente porque de tanto desprazer.

E talvez eu te ame assim, amando mais a ti menos a minha própria vida, deixando minhas lágrimas me carregarem ao meu leito de morte.


Dayanna Meirelles


obs: Carta escrita a algum tempo mas cujo sentido fez incorporar a ela neste ano.