quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Longos dias, que quanto masi os contos parecem muito mais longos, o tempo quente cada vez corrompe a carne com mais força e os livros em um dia de breve ventania desfolharam até rasgar todas as páginas.

O divertimento da garota impura nestes longos dias tem sido passear e observar o céu, pensando na solidão, e quando a chuva cai mesmo que seja um momento raro ela observa e pensa em todos os momentos vividos e os que também poderiam ter sido feitos parte desta história.

Uma menina com muita inspiração que escreve no tempo com seus dedos longos e de pontas finas, não usa de nemhum lápis nem papél, e tem evitado o espelho quebrado de seu quarto onde o reflexo tem deixado todos os que tentaram olhar seu eu interior furiosamente perturbados e concentrados na loucura vulgar de seus desejos.

A mulher do sexto pecado, com os olhos fundos e com cores cativantes que consegue o que deseja seja com seus esforços ou mesmo em um estalar de dedos, e sua aura destaca na multidão como um feixe de luz que quer cegar aos pescadores que tentam pecar o tesouro que nunca ninguém pode descobrir, ou ao menos desvendar os caminhos profundos dos olhos cor de mar e lábios cor de sangue.

 Em uma dessas passagens a louca que vagava sobre a terra desta vez com os olhos fixos no nada, e cabelos despenteados encontrou um valete, misterioso valete de espadas, valente por si só, que nunca contava suas vivências e preferia ficar mergulhado na solidão ao deixar que a louca guardasse sua carta para que vagassem juntos, cigana seria ela e um nômade seria ele tão apaixonados como a certeza de que o mundo jamais acabará.