terça-feira, 9 de março de 2010

Quão longe

Duas vidas, um casal, talvez é o que seriam se não se tornassem tão distantes um do outro. Aventura seria o presente que a mulher o ofereceria, uma vida de surprezas loucuras e gandaias, risadas, amor e bebedeiras, e o homem afagando a tempestade trazendo toda a calmaria, se contentando em criar desenhos no céu negro estrelado e com poucas palavras mas muito amor.
Novidades intensas os esperavam, a vida seria longa se ele não escolhesse se acorrentar a algo tão pacato quanto uma rocha, deixando suas parceira de loucos sonhos e grandes saudades caminhar sozinha no infinito, talvez ele tenha se confundido ao conhecer a mulher decidida do batom vermelho, ou mesmo tenha se esquivado diante suas decisões, como seria um homem deixar uma aventura pela calmaria, e foi em paz, deixando tortuosos pensametos na cabeça da cigana, e transformando cada vez mais o coração em pedra acinzentado, mas creio profundamente que ele sentirá falta de viver calgando ferozmente e quando encontrar o poço fundo que a calmaria o vai levar ele voltará ligeiramente, ou até um suposto reencontro caloroso que os farão se amar novamente, regidos pela lua e banhados pela chuva do inverno longíquo.