domingo, 14 de novembro de 2010

Palavras que deixam saudades, textos que explodem dentro da minha mente, há tanto o que escreve e pouco tempo para organizá-los e torna-los incríveis fábulas ou mesmo contos serenos e dramáticos.
Uma ressalva a um dos mais belos quadros de meu pintor favorito, que transpassa a nostalgia de um tempo distante e ao mesmo tempo uma cólera bucólica (O jardim de Monet em Giverny-Claude Monet).
Os dias tem passados e meus pés e mãos, continuam frios, e cada vez mais cadavéricos. Aos poucos tenho de desligados de alguns bens materiais e me transformado mais em alma do que em carne, talvez pensado no amor, mas o amor ameaça e nos força a usar da carne quando não queremos, e diz que nada é beleza sem transmitir a dor.
Um anjo me acompanha. E diante dos fatos acredito que somente essa pureza não me faz putrefar dentro de uma caixa de mármore até o julgamento. O barulho da cidade me torna mais paciente do que o silêncio da casa.
Quando desejamos almas incansávelmente em meio a multidão e se deparamos com um espelho quebrado que reflete toda a sua podridão de carne mergulhada na mentira, onde Veritas jamais passará a reinar, vejamos o fim e o recomeço de uma nova vida, com outras futilidades que o fazem viver sem enlouquecer.
E quando estivermos amarrados com as cordas da justiça no caule da verdade espere que seu salvador alcoolizado venha conceder-lhe um último desejo que ao vê-lo agonizar tomado pelo liquido anizado e impuro da demência apenas irá supirar e esperar um fim, mas um fim de um inicio de longas incertezas, fim de importunas facadas manchando a prataria da jovem senhora que sonha em casar coberta pelo véu branco da pureza pisando em pelas de rosas vermelhas frescas do jardim de Monet.